Vulcão um destruindor de tudo à sua volta

A erupção de um vulcão pode resultar em graves desastres naturais, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Os vulcões tendem a formar-se junto das margens das placas tectônicas. No entanto, existem exceções quando eles surgem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes). Por outro lado, os arredores de vulcões, formados de lava arrefecida, tendem a ser compostos de solos bastante férteis para a agricultura. A palavra “vulcão” deriva do nome do deus do fogo na mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões chama-se  vulcanologia.


Não é nada prudente morar em áreas de atividade vulcânica. Nem sempre as pessoas têm tempo para escapar, antes de um vulcão explodir perto delas, muitas vezes destruindo tudo à sua volta. Veja, a seguir, algumas das mais destrutivas erupções vulcânicas jamais ocorridas na Terra:

                   PLANALTO DE DECCAN, ÍNDIA

Os Deccan Traps são campos de lava no Planalto de Deccan, na Índia. Eles cobrem uma área de cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados e tiveram uma série de erupções vulcânicas colossais que ocorreram entre 63 a 67 milhões de anos atrás. O momento das erupções coincide mais ou menos com o desaparecimento dos dinossauros. Evidências vulcânicas para a extinção dos dinossauros se formaram nos últimos anos, embora muitos cientistas ainda apoiem a ideia de que um impacto de um asteroide foi o que os exterminou. Acima, uma foto da cratera Lonar, que fica no Planalto de Deccan.

                      PARQUE YELLOWSTONE, EUA

A história do Parque Nacional de Yellowstone é marcada por erupções gigantescas, tendo, a mais recente, ocorrido há cerca de 640.000 anos. Quando este supervulcão explodiu, enviou cerca de mil quilômetros cúbicos de material para o ar. As erupções deixaram para trás campos de lava endurecidos e caldeiras – depressões que se formam no chão quando o material abaixo irrompe para a superfície. As câmaras de magma de Yellowstone também fornecem ao parque um dos seus símbolos, os gêiseres, conforme a água aquecida pelo magma quente flui debaixo da terra. Pesquisadores previram que o supervulcão explodirá mais uma vez, uma catástrofe que cobriria metade dos EUA  com cinzas de 1 metro de profundidade. O vulcão parece entrar em atividade uma vez a cada 600.000 anos, embora seja impossível saber se ele vai explodir novamente. Recentemente, porém, tremores foram registrados na área.

                            THERA, SANTORINI, GRÉCIA

A data da última erupção do vulcão Thera não é conhecida com certeza, mas os geólogos acham que ele explodiu com a energia de várias centenas de bombas atômicas em uma fração de segundo. Acredita-se que foi a mais forte explosão já vista na Terra. A ilha onde se situa o vulcão, Santorini (parte de um arquipélago de ilhas vulcânicas), tinha sido o lar de membros da civilização minóica, embora haja indicações de que os habitantes suspeitavam que o vulcão iria explodir e evacuaram a ilha. Mas, apesar dos moradores poderem ter escapado, há motivos para especular que o vulcão perturbou fortemente a cultura, com tsunamis e declínios de temperatura causados pela enorme quantidade de dióxido de enxofre que atirou na atmosfera. Na foto acima, o que restou da cratera semi-submersa do vulcão Thera, após a sua explosão.



  MONTE VESÚVIO, ITÁLIA

O Vesúvio é um vulcão localizado no Golfo de Nápoles, Itália, a cerca de 9 km a oeste da cidade de Nápoles e à curta distância do litoral. É o único vulcão no continente europeu a ter entrado em erupção nos últimos cem anos, embora atualmente esteja inativo. Os dois outros principais vulcões ativos da Itália, o Etna e o Stromboli, estão localizados na Sicília. O Vesúvio é mais conhecido pela erupção em 79 d.C., que resultou na destruição das cidades romanas de Pompeia e Herculano. A localização das cidades foi esquecida, até serem acidentalmente descobertas, no final do século XVIII. A erupção de 79 também mudou o curso do rio Sarno e aumentou a área litorânea do entorno. Desde então, o vulcão entrou em atividade diversas vezes, sendo considerado atualmente um dos mais perigosos do mundo, devido à sua tendência para erupções explosivas e à população de 3.000.000 de habitantes em suas proximidades, o que faz desta a região vulcânica mais populosa do mundo. A última erupção do Vesúvio foi em 1944. Na foto, o Vesúvio, ao fundo, e, em primeiro plano, as ruínas das duas cidades destruídas por ele em 79 a.C.
A Islândia tem muitos vulcões. Uma explosão notável foi a do vulcão Laki, em 1783. A erupção libertou gases que foram levados pela corrente do Golfo para a Europa. Nas Ilhas Britânicas, muitas pessoas morreram de intoxicação por gás. Danos às culturas e perda de gado provocaram a fome na Islândia, o que resultou na morte de um quinto da população. A erupção, como muitas outras, também influenciou o clima do mundo, pois as partículas que foram lançadas na atmosfera bloquearam os raios do sol.

                             MONTE TAMBORA, INDONÉSIA

A explosão do Monte Tambora foi a maior já registrada, classificada no grau 7 (ou “super colossal”) no Índice de Explosividade Vulcânica, a segunda colocação mais alta no Índice. O vulcão, que ainda está ativo, está localizado na ilha de Sumbawa e é um dos picos mais altos do arquipélago indonésio. A erupção explodiu tão alto que foi ouvida na ilha de Sumatra, a quase 2.000 quilômetros de distância. O número de mortos foi estimado em 71.000 pessoas e nuvens de cinzas pesadas desceram sobre ilhas distantes. A enorme cratera formada pela erupção, na foto acima, tem 6 quilômetros de diâmetro e 1.100 metros de profundidade.

                          KRAKATOA, INDONÉSIA

Os ruídos que antecederam a erupção do Krakatoa, em 1883, finalmente chegaram ao clímax com uma enorme explosão em 26 de abril. A explosão deste vulcão ejetou enormes quantidades de rocha, cinzas, pedra-pomes e foi ouvida a milhares de quilômetros de distância. A explosão também criou um tsunami, com a altura das ondas chegando a 40 metros e matando cerca de 34.000 pessoas. Medidores de maré registraram que a cerca de 11.000 quilômetros de distância, na península Arábica, houve aumento na altura das ondas. A ilha que abrigava o Krakatoa foi completamente destruída pela explosão, mas novas erupções, em dezembro de 1927, construíram o cone Anak Krakatau (“Filho de Krakatoa”), no centro da cratera produzida pela erupção de 1883 .
 
MONTE ST. HELENS, EUA

O Monte St. Helens, localizado a 150 quilômetros de Seattle, é um dos vulcões mais ativos dos Estados Unidos. Sua erupção mais famosa foi a 18 de maio de 1980, a qual matou 57 pessoas e causou danos a dezenas de quilômetros ao redor. Os ventos sopraram 520 milhões de toneladas de cinzas para o leste e causaram a mais completa escuridão em Spokane, Washington, a centenas de quilômetros de distância. O vulcão expeliu uma coluna de cinzas e poeira de 24 quilômetros de altura em apenas 15 minutos e parte dessas cinzas cairam sobre o solo de 11 Estados. A erupção foi precedida por uma protuberância de magma, na face norte do vulcão, e fez com que a face inteira deslizasse – o maior deslizamento de terra já registrado na história. Em 2004, o vulcão voltou à atividade e expeliu mais de 100 milhões de metros cúbicos de lava, juntamente com toneladas de rocha e cinzas.

MONTE LAKI, ISLÂNDIA

A Islândia tem muitos vulcões. Uma explosão notável foi a do vulcão Laki, em 1783. A erupção libertou gases que foram levados pela corrente do Golfo para a Europa. Nas Ilhas Britânicas, muitas pessoas morreram de intoxicação por gás. Danos às culturas e perda de gado provocaram a fome na Islândia, o que resultou na morte de um quinto da população. A erupção, como muitas outras, também influenciou o clima do mundo, pois as partículas que foram lançadas na atmosfera bloquearam os raios do sol.

Fonte texto:vocesabia.net

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