Não é nada prudente morar em áreas de atividade vulcânica. Nem sempre as pessoas têm tempo para escapar, antes de um vulcão explodir perto delas, muitas vezes destruindo tudo à sua volta. Veja, a seguir, algumas das mais destrutivas erupções vulcânicas jamais ocorridas na Terra:
PLANALTO DE DECCAN, ÍNDIA
Os Deccan Traps são campos de lava no Planalto de Deccan, na Índia. Eles cobrem uma área de cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados e tiveram uma série de erupções vulcânicas colossais que ocorreram entre 63 a 67 milhões de anos atrás. O momento das erupções coincide mais ou menos com o desaparecimento dos dinossauros. Evidências vulcânicas para a extinção dos dinossauros se formaram nos últimos anos, embora muitos cientistas ainda apoiem a ideia de que um impacto de um asteroide foi o que os exterminou. Acima, uma foto da cratera Lonar, que fica no Planalto de Deccan.
PARQUE YELLOWSTONE, EUA
A história do Parque Nacional de Yellowstone é marcada por erupções gigantescas, tendo, a mais recente, ocorrido há cerca de 640.000 anos. Quando este supervulcão explodiu, enviou cerca de mil quilômetros cúbicos de material para o ar. As erupções deixaram para trás campos de lava endurecidos e caldeiras – depressões que se formam no chão quando o material abaixo irrompe para a superfície. As câmaras de magma de Yellowstone também fornecem ao parque um dos seus símbolos, os gêiseres, conforme a água aquecida pelo magma quente flui debaixo da terra. Pesquisadores previram que o supervulcão explodirá mais uma vez, uma catástrofe que cobriria metade dos EUA com cinzas de 1 metro de profundidade. O vulcão parece entrar em atividade uma vez a cada 600.000 anos, embora seja impossível saber se ele vai explodir novamente. Recentemente, porém, tremores foram registrados na área.
THERA, SANTORINI, GRÉCIA
A data da última erupção do vulcão Thera não é conhecida com certeza, mas os geólogos acham que ele explodiu com a energia de várias centenas de bombas atômicas em uma fração de segundo. Acredita-se que foi a mais forte explosão já vista na Terra. A ilha onde se situa o vulcão, Santorini (parte de um arquipélago de ilhas vulcânicas), tinha sido o lar de membros da civilização minóica, embora haja indicações de que os habitantes suspeitavam que o vulcão iria explodir e evacuaram a ilha. Mas, apesar dos moradores poderem ter escapado, há motivos para especular que o vulcão perturbou fortemente a cultura, com tsunamis e declínios de temperatura causados pela enorme quantidade de dióxido de enxofre que atirou na atmosfera. Na foto acima, o que restou da cratera semi-submersa do vulcão Thera, após a sua explosão.
MONTE VESÚVIO, ITÁLIA
O Vesúvio é um vulcão localizado no Golfo de Nápoles, Itália, a cerca de 9 km a oeste da cidade de Nápoles e à curta distância do litoral. É o único vulcão no continente europeu a ter entrado em erupção nos últimos cem anos, embora atualmente esteja inativo. Os dois outros principais vulcões ativos da Itália, o Etna e o Stromboli, estão localizados na Sicília. O Vesúvio é mais conhecido pela erupção em 79 d.C., que resultou na destruição das cidades romanas de Pompeia e Herculano. A localização das cidades foi esquecida, até serem acidentalmente descobertas, no final do século XVIII. A erupção de 79 também mudou o curso do rio Sarno e aumentou a área litorânea do entorno. Desde então, o vulcão entrou em atividade diversas vezes, sendo considerado atualmente um dos mais perigosos do mundo, devido à sua tendência para erupções explosivas e à população de 3.000.000 de habitantes em suas proximidades, o que faz desta a região vulcânica mais populosa do mundo. A última erupção do Vesúvio foi em 1944. Na foto, o Vesúvio, ao fundo, e, em primeiro plano, as ruínas das duas cidades destruídas por ele em 79 a.C.
MONTE TAMBORA, INDONÉSIA
A explosão do Monte Tambora foi a maior já registrada, classificada no grau 7 (ou “super colossal”) no Índice de Explosividade Vulcânica, a segunda colocação mais alta no Índice. O vulcão, que ainda está ativo, está localizado na ilha de Sumbawa e é um dos picos mais altos do arquipélago indonésio. A erupção explodiu tão alto que foi ouvida na ilha de Sumatra, a quase 2.000 quilômetros de distância. O número de mortos foi estimado em 71.000 pessoas e nuvens de cinzas pesadas desceram sobre ilhas distantes. A enorme cratera formada pela erupção, na foto acima, tem 6 quilômetros de diâmetro e 1.100 metros de profundidade.
KRAKATOA, INDONÉSIA
Os ruídos que antecederam a erupção do Krakatoa, em 1883, finalmente chegaram ao clímax com uma enorme explosão em 26 de abril. A explosão deste vulcão ejetou enormes quantidades de rocha, cinzas, pedra-pomes e foi ouvida a milhares de quilômetros de distância. A explosão também criou um tsunami, com a altura das ondas chegando a 40 metros e matando cerca de 34.000 pessoas. Medidores de maré registraram que a cerca de 11.000 quilômetros de distância, na península Arábica, houve aumento na altura das ondas. A ilha que abrigava o Krakatoa foi completamente destruída pela explosão, mas novas erupções, em dezembro de 1927, construíram o cone Anak Krakatau (“Filho de Krakatoa”), no centro da cratera produzida pela erupção de 1883 .
O Monte St. Helens, localizado a 150 quilômetros de Seattle, é um dos vulcões mais ativos dos Estados Unidos. Sua erupção mais famosa foi a 18 de maio de 1980, a qual matou 57 pessoas e causou danos a dezenas de quilômetros ao redor. Os ventos sopraram 520 milhões de toneladas de cinzas para o leste e causaram a mais completa escuridão em Spokane, Washington, a centenas de quilômetros de distância. O vulcão expeliu uma coluna de cinzas e poeira de 24 quilômetros de altura em apenas 15 minutos e parte dessas cinzas cairam sobre o solo de 11 Estados. A erupção foi precedida por uma protuberância de magma, na face norte do vulcão, e fez com que a face inteira deslizasse – o maior deslizamento de terra já registrado na história. Em 2004, o vulcão voltou à atividade e expeliu mais de 100 milhões de metros cúbicos de lava, juntamente com toneladas de rocha e cinzas.
MONTE LAKI, ISLÂNDIA
Fonte texto:vocesabia.net
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