A história de Rosemary é inacreditável. Quem já ouviu falar de uma pessoa real ficando prata depois de usar gotas nasais? A situação, no entanto, é verdadeira, e Rosemary teve que conviver com muito estigma por causa disso.
Sua a pele não mudou de cor durante a noite. Na verdade, ela foi diagnosticada com argiria quatro anos após ter começado a usar a medicação. “Quando eu tinha 11 anos, minha mãe mencionou para um otorrinolaringologista que eu sempre estava resfriada. Ele me disse que tinha que ser alergias, e prescreveu gotas nasais que continham prata, recomendando que eu as usasse ‘conforme necessário’. Usei as gotas cada vez que tinha um nariz entupido”, conta.
No início, ninguém conseguia notar qualquer diferença na pele de Rosemary. “A mudança na minha cor era tão lenta, eu não percebi. Minha família e amigos não perceberam porque me viam todos os dias”, disse ela.
Uma enfermeira finalmente notou a diferença de cor e Rosemary foi ver um dermatologista. Uma biópsia revelou que havia partículas de prata ligadas profundamente sob sua pele. Infelizmente, não havia cura para argiria na década de 1950, e já era tarde demais para reverter os efeitos de interrupção da droga. “Eles me disseram que a cor era permanente. Foi devastador”, explica.
Rosemary desejou ser normal durante toda a vida. Ela foi vítima de discriminação e comentários cruéis por um tempo muito longo. Estranhos pensavam que ela tinha uma doença contagiosa, pessoas lhe pediam para tirar minha maquiagem do Dia das Bruxas, ou lhe falavam que ela se parecia com The Walking Dead.
Rosemary disse que muitas vezes teve que responder de onde era e que língua falava. Muitos empregadores se recusaram a contratá-la por causa de sua aparência. Um de seus momentos mais constrangedores foi quando um aeromoça tentou dar-lhe oxigênio, pensando que o sangue havia drenado de seu rosto.
Ao longo dos anos, alguns tratamentos têm sido tentados com muito pouco sucesso. Aos 36 anos, Rosemary optou por passar por uma dermoabrasão da pele – um procedimento para remover a camada superficial, deixando-a vermelha e crua. Os médicos não tinham certeza se iria curar a doença, mas ela estava disposta a arriscar. “A dermoabrasão não doeu nada”, disse ela. “Só parecia horrível por um tempo depois. Demorou cerca de seis meses para saber como a cor final seria”. Infelizmente, quando sua pele foi trocada, veio uma nova rosa, mas com manchas cinzas ainda visíveis. “Eu não acho que está muito melhor agora”, diz.
Rosemary, que nunca namorou, hoje gasta todo o seu tempo conscientizando as pessoas dos perigos de tomar suplementos e medicamentos que contêm prata. Ela acredita que o número de suplementos dietéticos que contêm prata tem aumentado, e que eles deveriam conter rótulos de advertência sobre argiria.
Fonte: revoada.net
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